
Sim os homens ganharam todos os hoyalties quando se trata de reconhecimento no meio artístico, mas elas também brilharam imensamente com suas obras.
Vejamos as mulheres mais atuantes e representativas nesse meio, sabendo que a arte possui um papel significativo no sentido em que mostra enquanto expressão, movimentos históricos e mudanças sociais.
Anita Malfatti, 1889-1964, São Paulo, São Paulo.
Filha de imigrantes (pai italiano e mãe norte-americana), Anita Malfatti foi fortemente influenciada pela mãe, que pintava e desenhava, e provavelmente nem sonhava que a filha se tornaria uma das mais importantes pintoras brasileiras. Vítima de uma atrofia congênita na mão direita, Anita aprendeu a escrever, desenhar e pintar com a mão esquerda. O primeiro contato com a arte expressionista alemã em 1910, quando foi para Berlim e freqüentou a Academia Real de Belas Artes. A primeira exposição individual aconteceu em 1914, em São Paulo. Uma exposição sua, Primeira Exposição de Arte Moderna no Brasil, 1917-1918, inaugurada em dezembro de 1917, deu início ao Modernismo, que tem o seu ápice na Semana de Arte Moderna de 1922. Nesta exposição, ela conheceu Mário de Andrade, que tornaria seu grande amigo. O primeiro contato, no entanto, não foi dos mais amigáveis, já que o escritor gargalhou diante de obras da artista. O Homem Amarelo, uma das obras que foi alvo da ironia de Mário de Andrade, foi adquirida por ele anos mais tarde.
Tarsila do Amaral, 1886-1973, Capivari, São Paulo.
Considerada um dos nomes mais fortes do movimento modernista brasileiro, Tarsila do Amaral começou a pintar em Barcelona, na Espanha, onde concluiu seus estudos. Depois de ter se separado do marido, começou a estudar escultura em 1916, em São Paulo. Posteriormente, Tarsila estudou também desenho e pintura. Em 1920, Tarsila embarca para a Europa, com o objetivo de estudar na Académie Julian em Paris. Dois anos depois, regressa ao Brasil para atuar entre o grupo modernista, juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa mesma época, começa o seu romance com o escritor Oswald de Andrade, com quem fica até 1930. Seus quadros mais famosos são o Abaporu, de 1928, e Operários, de 1933. O Abaporu foi dado de presente de aniversário para Oswald de Andrade. Empolgado com a obra, ele criou o Movimento Antropofágico.
Hilda Hilst, 1930-2004, Jaú, São Paulo.
Nascida em 1930, Hilda Hilst foi uma poeta, dramaturga e cronista brasileira. Com mais de 40 livros escritos e publicados entre 1950 e 2000, foi considerada um das principais escritoras em língua portuguesa do século XX. Chegou a estudar no colégio Santa Marcelina e a frequentar o Curso Clássico da Escola Mackenzie, morando, durante algum tempo, em um apartamento na Alameda Santos. Ganhou diversos prêmios, como o “Prêmio Jabuti”. Suas obras foram traduzidas para o alemão, francês, inglês, italiano e espanhol, ganhando prestígio mundial.
Frida Kahlo, 1907-1954. Coyacán, México.
Frida Kahlo foi uma importante pintora mexicana do século XX. É considerada, por alguns especialistas em artes plásticas, uma artista que fez parte do Surrealismo. Porém, a própria Frida negava que era surrealista, pois dizia que não pintava sonhos, mas sua própria realidade. Destacou-se ao defender o resgate à cultura dos astecas como forma de oposição ao sistema imperialista cultural europeu.
Marina Abramović, Sérvia, 1946.
Marina Abramovic é uma artista performativa que iniciou sua carreira no início dos anos 70 e manteve-se em atividade desde então. Considera-se a “avó da arte da performance". Seu trabalho explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente.
Lygia Pape, 1927-2004, Nova Friburgo, Rio de Janeiro
Foi uma gravadora, escultora, pintora, cineasta, professora e artista multimídia brasileira, identificada com o movimento conhecido por neoconcretismo.
Deixou uma obra marcada pelo abstracionismo geométrico e por uma diversificação exemplar. Uma de suas obras mais instigantes é o Livro Noite e Dia, um conjunto de 365 peças de madeira diferentes umas das outras, em tons que vão do branco ao cinza. Importante representante da arte contemporânea no Brasil, Lygia possui uma trajetória artística que se iniciou com o abstracionismo geométrico.
Por: Edson Dantas.
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