Você é daquelas pessoas que gosta de sentar no bar e discutir temas atuais, apresentar o seu ponto de vista e além de tudo, ter um embasamento bem fundamentado sobre os tópicos atuais? Se sim, que tal reunir as amigas para uma próxima discussão bem temperada sobre o feminismo? Vamos lhe apresentar cinco obras excepcionais sobre este tema tão atual quando se trata de empoderamento.
01 O Segundo Sexo - Simone de Beauvoir
Escrito no ano de 1949, O segundo sexo é uma das obras mais conhecidas de Simone de Beauvoir. Sua publicação gerou um alvoroço em diversos âmbitos como o da Igreja católica (foi incluída na lista de publicações proibidas) e o do governo da União Soviética.
Nesta obra Simone de Beauvoir expõe o desenvolvimento da opressão masculina por meio de uma análise minuciosa da história, literatura e dos mitos, atribuindo os efeitos contemporâneos dessa opressão ao fato de ter-se estabelecido o masculino como norma positiva, difundida e amplamente aceitável.
02 Deslocamentos do feminino - Maria Rita Kehl
Neste livro, a psicanalista Maria Rita Kehl investiga as relações entre a mulher, a posição feminina e a feminilidade, como se mostravam no século passado e quais era seus anseios reprimidos. Por meio de uma análise do romance Madame Bovary, a autora tenta entender as aflições e os impasses que levaram tantas mulheres a procurar a clínica de Sigmund Freud no final do século XIX. A primeira parte do livro busca na história do século XIX a origem dos discursos aceitos até agora como descritivos de uma 'natureza feminina', eterna e universal. A segunda parte é dedicada a teorias freudianas sobre as mulheres e suas repercussões na psicanálise contemporânea.
03 Madame Bovary - Gustave Flaubert
Madame Bovary é sem dúvida a obra-prima de Gustave Flaubert (1821-1880), escritor francês que como nenhum outro na literatura ocidental levou o estilo à perfeição, reescrevendo inúmeras vezes o texto e procurando, como um artesão, o melhor encaixe das palavras.
Considerado por muitos críticos e estudiosos como a maior realização do romance ocidental, 'Madame Bovary' trata da desesperança e do desespero de uma mulher que, sonhadora, se vê presa em um casamento insípido, com um marido de personalidade fraca, em uma cidade do interior.
Publicado originalmente em capítulos de jornal, em 1856, o romance mostra o crescente declínio da vida - interna e externa - de Emma Bovary, que figura na literatura ocidental no mesmo degrau que Dom Quixote, o personagem de Cervantes. Ambos não se conformam com a realidade em que vivem e tanto o cavaleiro da triste figura quanto a desolada dona-de-casa oscilam entre o status de herói e de anti-herói.
04 A Terceira mulher - Gilles Lipovetsky
Nos últimos cinqüenta anos a condição feminina mudou mais do que em todos os milênios anteriores. Gilles Lipovetsky mostra essas mudanças, seu significado para o relacionamento entre mulheres e homens, como se refletem no amor, na família, no trabalho. Os títulos de alguns capítulos oferecem uma boa visão de como o autor aborda o tema: 'Da religião do amor ao amor-prisão', 'O coração e o sexo', 'As mulheres e a pornografia', 'A sedução e o eterno feminino', 'Molestamento sexual e democracia', 'Quando as mulheres não eram o belo sexo', 'A febre da beleza e o mercado do corpo', 'Estrelas e modelos', 'Trabalho feminino, sociedade de consumo e liberação sexual'.
05 A Transformação da intimidade - Anthony Giddens
A revolução sexual do nosso tempo é aqui estudada pelo autor, que questiona muitas das interpretações correntes sobre o papel da sexualidade na cultura moderna. Em última instância, é a transformação da intimidade na qual as mulheres exercem o papel mais importante que, para o autor, assegura a possibilidade de uma democratização radical da esfera pessoal. Giddens, sociólogo inglês reconhecido por seus trabalhos em Ciências Políticas, volta-se aqui às questões provocadas pela revolução sexual. O objetivo é definir os contornos da nova configuração da subjetividade que acompanha essa mudança radical na esfera da sexualidade, uma subjetividade pós-edípica e pós-patriarcal cuja plasticidade é fundamental para a construção de uma noção ampliada de democracia.
Por: Edson Dantas.
Colaborador: Emanuel Ramos.
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